ONDE NAS ESCRITURAS ESTÁ ESCRITO QUE: “PARA SERMOS SALVOS, PRECISAMOS (OBRIGATORIAMENTE) IR UMA IGREJA”?

MATEUS 16:18 – E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la.

Esquecendo, por hora, as “divergências doutrinarias” (se a igreja fora edificada sobre Pedro – do latim, Petrus, ou seja, “pedra” [pedra angular] ou sobre a própria palavra de Jesus Cristo [doutrina protestante]), está claro nas Escrituras que existe sim uma igreja, portanto, a mesma tem suprema importância!

A Bíblia ainda nos fala sobre os ofícios que estão presentes (na igreja) em:

EFÉSIOS 4:11-12 – E ele designou alguns para apóstolos, outros para PROFETAS, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado,

Note que temos a menção de pastores, evangelistas e profetas (assim como defende a doutrina Continuísta), não somente isso, como também foi ordem que se fizessem discípulos pelas nações:

MATEUS 28:18-20 – Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.

Também chamada de “Corpo de Cristo”, a igreja é muito presente no Novo (e no Antigo) testamento, incluindo-se as “pregações públicas”, testemunhos e louvores a Deus (tal como praticados num culto “comum”).

COLOSENSES 1:24 – Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja.

Na verdade, este é um questionamento muito curioso – a “validade” da igreja – algo que jamais me passou pela cabeça – não sem um “empurrãozinho” – e, quando finalmente me vi diante da pergunta (feita de modo muito capcioso durante uma conversa):

– E onde na Bíblia está escrito que: “precisamos ir a uma igreja para sermos salvos?”

Momentaneamente fiquei sem reação, não porque não tivesse uma resposta (pessoal), mas sim porque jamais tive a necessidade de formulá-la sequer a mim mesmo!

Então, depois, me peguei divagando sobre o assunto, a fim de responder (meramente) a mim mesmo e foi “isso” o que “obtive”:

Em toda a “saga” do Antigo Testamento vemos os “personagens” edificando altares (e/ou construindo templos ao Altíssimo), fazendo sacrifícios e também conhecemos muitos sacerdotes e “ouvimos” sobre outros oficios religiosos. A presença de um “método religioso” (e, até certo sentido, uma “instituição”) é, na verdade, uma “condição” para aqueles que servem a Deus, algo que, na falta de palavras mais brandas: “não precisa ser reafirmada como necessária ao logo do texto Bíblico simplesmente porque já esteve sempre presente!”:

MATEUS 4:23 – E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e males entre o povo.

Se o próprio Senhor Jesus pregou (JOÃO 13:15) nas sinagogas – os “templos” dos Judeus equivalentes as igrejas dos Cristãos – em vez de “pregar contra as sinagogas”, isso por si só já é um atestado da “condição igreja” mas, o que, de fato, é uma igreja?

Do latim, “ecclesia”, a palavra em si poderia ser traduzida (e adaptada livremente) para algo como “reunião dos (que foram) chamados”. É disso que se trata uma igreja, de uma “reunião” para aqueles que foram chamados (MATEUS 22:14) aos ensinamentos de Jesus Cristo, os Cristãos, assim como descreve:

MATEUS 18:20 – Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

Tendo se voltado dos primogênitos aos gentios (JOÃO 1:11-13), Deus distribuiu os “mesmos” oficios (como visto em EFÉSIOS 4:11) aos gentios e fundou Sua Igreja (Cristã), Seu Corpo entre nós (gentios), ainda que nos primeiros séculos, nossas “majestosas” igrejas góticas não existissem senão na forma de cavernas que ocultavam aqueles que buscavam a Cristo contra o império Romano (“antes de sua própria conversão”). É por meio desta “comunidade” que temos acesso aos “ritos” obrigatórios ao Cristão, como a própria Santa Ceia (para que tenhamos “parte com Cristo – e que fora instituída por Ele mesmo)”, portanto, não é preciso que se haja a formalização de um “mandamento”: “irás à igreja!”

Talvez se possa até questionar quanto a “fidelidade do modelo” de uma igreja atual em relação as Escrituras, mas é um pouco exagerado tentar buscar por sua “inexistência” dentro da Bíblia.

É claro que isso não significa que “apenas os membros de igreja serão salvos” (mas isto é assunto para outra ocasião [e sequer convém entrar aqui no mérito de “qual a igreja correta” que, a despeito da “vaidade religiosa pessoal” e, A DEPENDER DO CONTEXTO E CHAMADO – frise bem as palavras que destaquei – não tem uma resposta exatamente correta!]). Então o que resta dizer quanto a “validade” de se procurar estar entre os santos, ou o Corpo de Cristo, ou ainda, a chamada Igreja é: “se (EU) estou ciente de tais ‘requisitos’ mas, mesmo assim, os ignoro, simplesmente não posso ser salvo, isto é o pecado, repudiar a Deus!”