Todos conhecemos a história daquele mítico dialogo entre J.R.R Tolkien e C.S. Lewis, no qual, Tolkien afirmou que “Jesus é um mito”, ao passo que, Lewis estranhou a afirmação, já que vinha de um Católico devoto a muito empenhado em “ilustrar” os temas presentes na Bíblia Sagrada, dentro de sua obra. Mais tarde, o próprio autor de O Senhor dos Anéis, em uma carta para seu filho, Michael Tolkien, voltou a declarar: “O que os mitos transmitem é de relevância universal. Eles são, para a maioria dos homens e em todas as épocas, uma forma de apreensão de realidades maiores através de representações simbólicas. […] O Evangelho contém um conto mítico, ou um mito em si, que, no entanto, é supremamente verdadeiro. Os Evangelhos narram uma história de um tipo mítico e abrangente, mas é um mito que realmente aconteceu: na Palestina, na época do Governador Pôncio Pilatos.” Se há algum estranhamento a princípio, após lermos o trecho da carta, se torna bastante evidente que Tolkien usou a palavra “m...
A fim de responder, permita-me pegar emprestado (com os devidos créditos, é claro) um trecho do livro, SOBRE HISTÓRIAS DE FADAS , do renomado autor e pai do gênero (literário) de fantasia moderna, J.R.R. TOLKIEN , no qual ele comenta: TOLKIEN , J.R.R. SOBRE HISTÓRIAS DE FADAS . Editora Conrad, São Paulo: 2006. Tradução de Ronald Eduard Kyrmse: Fantasia – Sobre sua legitimidade nada mais farei do que citar um breve trecho de uma carta que certa vez escrevi a um homem que descreveu o mito e a história de fadas como ‘mentiras’. Para ser justo com ele, no entanto, devo dizer que foi bondoso e gentil o bastante para chamar a criação de histórias de fadas de ‘Sussurrar uma mentira através da Prata’. Segundo Tolkien, os mitos não são mentiras, mas sim verdades, são uma maneira de divulgar algumas verdades difíceis de compreender se tratadas mais seriamente ; ele ainda diz que todos somos “subcriadores” , tal qual Deus é O Criador… eu sei… também não entendi tais palavras a princípio, poré...